top of page
  • Facebook
  • Instagram
  • Twitter
  • Youtube
  • Issuu
  • Flickr
  • ALRS

Seminário de Prevenção e Enfrentamento ao Suicídio reúne 500 pessoas em Porto Alegre

Realizado no auditório do Ministério Público, evento tratou do tema com especialistas em áreas como a educação, saúde, assistência social e legislação



Cerca de 500 pessoas lotaram o auditório do Ministério Público, nesta segunda-feira (8), para debater políticas e ações de enfrentamento ao suicídio na infância e adolescência. Promovido pela Câmara dos Deputados, por meio do gabinete da deputada federal Liziane Bayer (PSB-RS), com apoio da Frente Parlamentar de Combate ao Suicídio da Assembleia Legislativa, que tem a frente a deputada estadual Franciane Bayer (PSB), o Seminário Precisamos Falar, Precisamos Agir, reuniu especialistas em áreas como a educação, saúde, assistência social e legislação.


Nos últimos 10 anos, o suicídio entre crianças de 10 a 14 anos aumentou 40%. Já entre jovens de 15 a 19 anos, subiu 33,5%. A cada 46 minutos, um brasileiro tira a própria vida. O Número de óbitos desta natureza, segunda a Organização Mundial da Saúde (OMS) é quase o dobro do que aqueles causados por homicídios: 800 mil por ano, contra 470 mil, respectivamente.


Idealizadora do evento, a deputada Liziane Bayer destacou estes dados e a presença cada vez maior de casos no cotidiano das pessoas. “O suicídio não é algo distante como muitos imaginam. Precisamos de ações efetivas para tratar este problema de saúde pública, detectando o que está disparando o gatilho”, disse ao ressaltar que também é preciso pensar nas famílias envolvidas.


Na avaliação da deputada Franciane Bayer, que trata do tema no âmbito estadual, fugir do assunto não é a solução. “Tínhamos a ideia de que abordar o suicídio poderia estimular outras pessoas a atentarem contra a própria vida, mas o que se percebe é que tal atitude não tem reduzido os números. Temos que ter cautela e cuidado ao abordar o tabu, mas precisamos encará-lo de frente”. Franciane também ressaltou a necessidade de criar políticas públicas e de fortalecimento da assistência para quem tenta o suicídio e para as famílias e defendeu a criação de comitês municipais de promoção da vida e prevenção do suicídio.


Marcelo Dorneles, subprocurador-geral de Justiça, destacou a participação do Ministério Público no debate e nas ações de prevenção. “As famílias precisam entender para perceber o que acontece com seus entes, pois o suicídio pode vir de vários caminhos. O mais importante é despertar para compreender”.


Frentes de combate


O professor de Psiquiatria da Infância e da Adolescência da faculdade de medicina da Ufrgs, Christian Kielling, abriu os painéis e defendeu que o fenômeno vai além da morte em si, já que a cada caso existem entre 10 e 40 tentativas de suicídio.


A representante do comitê de Prevenção ao Suicídio do Ministério da Saúde, Milene Rezende, apresentou os três eixos de atuação da entidade: vigilância e qualificação da informação, prevenção do suicídio e da saúde e gestão e cuidado. “O Ministério repassou R$ 1,4 milhão para seis estados trabalharem a prevenção, entre eles o Rio Grande do Sul, que juntamente com o sudeste tem os maiores índices”.


Claudia Cruz, da Escola de Saúde Pública, destacou o trabalho realizado através da autópsia psicossocial. “Buscamos traçar o histórico de quem perdeu a vida e projetamos um estudo aprofundado como forma de entender as causas”.


A influência das redes sociais também foi debatida e será aprofundada em audiência pública da Subcomissão Especial de Adoção, Pedofilia e Família da Câmara Federal. Os resultados dos debates do seminário serão sistematizados em relatório, que servirá como diretriz para formulação de políticas públicas e para sensibilização da sociedade sobre o tema.


Também participaram dos debates a enfermeira Marilise Fraga de Souza, especialista em Saúde da SES-RS e Coordenação Estadual de Saúde Mental/DAS/SES-RS, a voluntária do Centro de Valorização da Vida, Alethéa Sperb, o presidente Nacional do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos/CPPC, Marcelo Perpétuo, a delegada Sônia Maria Dall’Igna, representando à Policia Civil, Divisão de Prevenção e Educação do Departamento Estadual de Proteção a Grupos Vulneráveis da Polícia Civil, o presidente da Associação dos Conselheiros e Ex- Conselheiros Tutelares do RS, Jeferson Leon, a coordenadora do Programa CIPAVE - Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar SEDUC/RS, Patrícia Sanchotene, a Coordenadora do Centro de Referência Atendimento Infantis - CRAI RS, Eliane Soares, a promotora de Justiça da Infância e da Juventude de Porto Alegre, Inglacir Dornelles Clós Delavedova, e a juíza corregedora e coordenadora da Coordenaria da Infância e Juventude TJ/RS, Nara Cristina Neumann.


O evento teve o apoio da Assembleia Legislativa, do gabinete da deputada estadual Franciane Bayer, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, da Defensoria Pública do Estado, da Associação Médica do Rio Grande do Sul (Amrigs), do Governo do Estado, da Polícia Civil, das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes e Violência Escolar (CIPAVE), da Escola de Saúde Pública do Estado, do Fórum Colegiado Nacional Conselheiros de Tutelares (FCNCT), do Corpo de Psicólogos e Psiquiatras Cristãos (CPPC), da Rede de Apoio Psicossocial (RAP), da Associação de Conselheiros e Ex-conselheiros Tutelares do Rio Grande do Sul (ACONTURS) e do Comitê Estadual de Enfrentamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (CEEVESCA).



0 comentário

Comments


bottom of page